data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Sempre que um prefeito se aproxima do fim do mandato e, por consequência, do período eleitoral, denúncias contra o mandatário do momento surgem. A constatação, lúcida e bem resumida, foi dada à coluna pelo advogado e presidente da subseção local da OAB, Péricles Lamartine da Costa. Jorge Pozzobom (PSDB) foi, apenas, o mais recente deles.
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Mas, no passado, os prefeitos Valdeci (PT), Schirmer (MDB) e Farret (ex-PP) foram alvo de tentativas de "colar" neles denúncias improcedentes. Talvez o maior "contemplado" disso tudo tenha sido Valdeci, que comandou o município de 2001 a 2008. Durante o primeiro mandato, justamente por ter minoria na Casa, o petista foi alvo de tentativas, sem êxito, de tirá-lo do governo.
Ao sepultar uma denúncia infundada, a Câmara mostrou grandeza e maturidade. E não se trata apenas deste caso específico do Pozzobom, mas, sim, de o Legislativo acender uma luz de alerta. Não se pode permitir que, a cada ano quando se avizinha uma eleição, denúncias infundadas sejam ventiladas.
Isso não é blindar o mandatário. O papel do Legislativo é justamente este: estar vigilante aos atos do Executivo. Porém, não se pode banalizar um instrumento - seja uma comissão processante ou uma CPI - com fins nada nobres. Ainda mais quando Santa Maria está, a exemplo do Rio Grande do Sul e do país, na batalha de enfrentamento a um inimigo que tem deixado um rastro de vidas ceifadas e uma economia em frangalhos.
Como bem sinalizaram os vereadores, em uma lucidez raramente vista, o futuro político da cidade e, claro, de Pozzobom, deve ser decidido nas urnas.